Arte: Geraldo Neto
Interceptações telefônicas apontaram que empresários, em conluio com o prefeito Daniel da Açaí e sua assessora de gabinete, Luana Palombo, simulavam concorrência
em licitações,
segundo a PF.
Como funcionava suposta rede criminosa que
desviava dinheiro da Prefeitura de São Mateus
FRAUDES EM LICITAÇÕES
“Cartas marcadas”:
os empresários faziam
um rodízio em licitações
nas prefeituras de
Linhares, São Mateus
e Vila Valério, segundo a PF.
Os empresários combinavam valores e faziam propostas de modo que cada um pudesse ficar com uma licitação. Há indícios de fraudes em compra de cestas básicas e merenda. Os valores eram superfaturados, segundo a PF.
O prefeito de
São Mateus recebia
propina de 10% a 20%
dos contratos licitados
por essa empresa.
O volume de contratos
suspeitos equivale a
R$ 51 milhões, de
acordo com o órgão.
Alguns desses contratos
são pagos com recursos
do governo federal, dos
Ministérios do Turismo e
da Educação; e com verbas
para o enfrentamento
da Covid-19.
Os valores eram repassados a empresas de Daniel da Açaí em nome de laranjas, segundo a PF.
Essas empresas
compravam imóveis
rurais no Norte do
Estado, que em seguida
eram transferidos para
os nomes da esposa,
da filha e da mãe
de consideração
do prefeito.
De acordo com as investigações, os valores das transações eram simulados, como forma de lavar
o dinheiro sujo.
Por meio da interceptação telefônica
dos empresários, que são investigados
na Operação Resgate, sobre fraude
em contratação de ambulâncias em
prefeituras do ES, a PF descobriu
o esquema em São Mateus, em que
há indícios de que também foi
praticado em outras cidades.