Os 26 denunciados foram divididos em seis grupos de acordo com a função que exerciam quando foram denunciados.
Para conferir cada um, basta clicar nas fotos.
Arte: Geraldo Neto
Os 26 denunciados no âmbito da Operação Naufrágio
ADVOGADOS
Desembargador Josenider Varejão
(falecido)
Autor de uma das frases mais famosas dita em uma conversa interceptada pela PF durante a investigação “Abaixo de Deus, nós é que botamos para quebrar”, o desembargador Josenider teria negociado venda de decisões judiciais, segundo o MPF. Foi preso e aposentado compulsoriamente pelo TJES em 2010. Denunciado por associação criminosa; corrupção passiva majorada; advocacia administrativa qualificada; corrupção ativa majorada; exploração de prestígio majorada. Faleceu em 2011.
Felipe Sardenberg Machado
Felipe é advogado e era amigo de Leandro Sá, genro do desembargador Frederico Pimentel. Segundo o MPF, ele foi designado titular provisório do Cartório do 1º Ofício de Cariacica por meio de pagamento de propina ao magistrado. Em troca, permitiu que a família Pimentel tivesse o controle da contabilidade e rateio dos lucros. Denunciado por associação criminosa (já prescreveu) e corrupção ativa majorada.
Johnny Estefano
Ramos Lievori
Junto com Paulo Guerra Duque, atuou na defesa do ex-prefeito de Pedro Canário, que teria sido reconduzido ao cargo após uma negociação de venda de sentença envolvendo desembargadores e juízes. É apontado pelo MPF como parte do grupo de advogados que negociava decisões no Judiciário em troca de vantagem indevida. Foi denunciado por associação criminosa; exploração de prestígio e corrupção ativa majorada.
Paulo Guerra Duque
Filho do desembargador Elpídio Duque, o advogado foi preso durante a Operação Naufrágio. Ele teria negociado uma decisão favorável ao ex-prefeito de Pedro Canário e aos empresários Adriano e Pedro Scopel. Segundo o MPF, na ocasião, houve uma distribuição especial dos processos. No caso da família Scopel, Pedro Duque teria recebido uma moto importada como pagamento. Denunciado por associação criminosa; corrupção passiva majorada; exploração de prestígio e corrupção ativa majorada.
Pedro Celso Pereira
(falecido)
Segundo a denúncia do MPF, o advogado tratou de várias negociações de sentenças por telefone com o desembargador Josenider Varejão. Também foi flagrado em conversas que falava em obter facilidade com o desembargador Alinaldo. As ações envolviam decisões favoráveis em troca de benefícios. Ele foi preso em 2008 durante a operação. Denunciado por associação criminosa; exploração de prestígio; corrupção ativa; advocacia administrativa qualificada. O advogado já faleceu.
Flávio Cheim Jorge
É apontado pelo MPF como um “oráculo” dos advogados que negociavam decisões no Judiciário em troca de vantagem indevida. Segundo a denúncia, devido a sua experiência, Cheim assessorou a organização criminosa propondo ações, prestando consultoria e orientação tanto aos envolvidos com o esquema de corrupção quanto aos beneficiários dela. Foi denunciado por associação criminosa.
Gilson Letaif Mansur Filho
É apontado pelo MPF como parte do grupo de advogados que usava sua influência no Judiciário para negociar decisões em troca de vantagem indevida. Desfrutava de prestígio, principalmente, com o desembargador Frederico Pimentel. Foi denunciado por exploração de prestígio; advocacia administrativa qualificada e corrupção ativa majorada.
Henrique Rocha
Martins Arruda
Marido de Dione, uma das filhas do desembargador Frederico Pimentel, desfrutava de prestígio junto ao magistrado. Integrava o esquema de criação viciada de serventias judiciais, que se tornou um verdadeiro negócio da família Pimentel. O advogado tinha conhecimento prévio sobre a lucratividade dos cartórios e, segundo o MPF, era quem “gerenciava” essa atividade. Foi denunciado por associação criminosa e corrupção passiva majorada.