Arte: Geraldo Neto
Os 15 réus
Após 13 anos da Operação Naufrágio,
o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou
a denúncia oferecida
pelo Ministério Público Federal (MPF) contra
15 investigados. A partir
de agora, eles se tornam
réus e respondem a
um processo criminal.
OPERAÇÃO NAUFRÁGIO
Os 26 denunciados foram divididos em seis grupos de acordo com a função que exerciam quando foram denunciados.
Para conferir cada um, basta clicar nas fotos.
Robson Albanez
(desembargador)
Era juiz quando a Operação Naufrágio foi deflagrada, em 2008. Segundo a denúncia, ele teria negociado uma decisão judicial em troca da influência de um advogado no processo de escolha de desembargadores para o Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Albanez foi promovido a desembargador em 2014 pelo critério de antiguidade. Ele vai responder pelo crime de corrupção.
Pedro Scopel
(empresário)
Junto com o filho, Adriano Scopel, Pedro Scopel foi flagrado em interceptações telefônicas relatando encontros com magistrados para negociar decisões. Vai responder por corrupção ativa.
Adriano Scopel
(empresário)
Ligações interceptadas pela PF indicaram que o empresário ofereceu propina a magistrados em troca de decisões judiciais. Vai responder por corrupção ativa.
Paulo Guerra Duque
(advogado)
Filho do desembargador Elpídio Duque (já falecido), foi preso durante a Operação Naufrágio, em 2008. Segundo a denúncia, negociava no Judiciário decisões favoráveis a clientes. Em uma ocasião, recebeu uma moto importada como pagamento. Vai responder por corrupção passiva.
Johnny Estefano
Ramos Lievori
(advogado)
É apontado pela denúncia como parte do grupo de advogados que negociava decisões no Judiciário mediante pagamento de propina. Vai responder por corrupção ativa.
Henrique Rocha
Martins Arruda
(advogado)
Marido de Dione, integrava o esquema de criação viciada de serventias judiciais, que se tornou um verdadeiro negócio da família Pimentel, segundo a denúncia. Vai responder por corrupção passiva.
Gilson Letaif
Mansur Filho
(advogado)
É apontado pela denúncia como parte do grupo de advogados que usava a influência no Judiciário para negociar decisões mediante pagamento de propina. Vai responder por corrupção ativa.
Felipe Sardenberg Machado
(advogado)
É amigo de Leandro Sá. Segundo a denúncia, ele foi designado titular provisório do Cartório do 1º Ofício de Cariacica por meio de pagamento de propina. Em troca, permitiu que a família Pimentel tivesse o controle da contabilidade e rateio dos lucros. Vai responder por corrupção ativa.
Leandro Sá Fortes
(ex-servidor do TJES)
Namorado de Roberta, trabalhava no TJES como assessor da presidência, na época exercida pelo desembargador Frederico Pimentel. Também é acusado de fazer parte do esquema de corrupção que teria sido conduzido pela família Pimentel. Foi demitido do cargo em 2009. Vai responder por corrupção passiva.
Roberta Schaider Pimentel Cortes
(ex-servidora do TJES)
Irmã do ex-juiz Frederico, é acusada de receber parte dos lucros da criação do Cartório do 1º Ofício de Cariacica. Em 2009, Roberta foi demitida do cargo de analista judiciário do TJES, mas conseguiu voltar em 2014. Foi demitida novamente em 2020. Vai responder por corrupção passiva.
Larissa Schaider Pimentel Cortes
(servidora do TJES)
Irmã do ex-juiz Frederico, também é acusada de integrar um esquema de corrupção que teria sido conduzido pela família Pimentel no Tribunal de Justiça. Larissa atuava como servidora e foi suspensa temporariamente do cargo em 2009 em um PAD. Atualmente, é analista judiciário do tribunal. Vai responder por corrupção passiva.
Dione Schaider
Pimentel Arruda
(ex-servidora do TJES)
Irmã do ex-juiz Frederico, é acusada de integrar um esquema de corrupção que teria sido conduzido pela família Pimentel no Tribunal de Justiça. Na época, Dione atuava como servidora do tribunal e foi demitida do cargo em 2009. Vai responder por corrupção passiva.
Bárbara Pignaton Sarcinelli
(ex-servidora do TJES)
Irmã de Larissa, foi presa em 2008 durante a Operação Naufrágio. Bárbara atuava como diretora do setor de distribuição de processos no TJES. Segundo a denúncia, Bárbara interferia no sorteio de distribuição de processos para que os magistrados pudessem proferir decisões de casos previamente negociados. Ela foi demitida do cargo em 2009. Vai responder por corrupção passiva.
Larissa Pignaton Sarcinelli Pimentel
(juíza aposentada)
Esposa de Frederico, é acusada de integrar o esquema de corrupção que teria sido conduzido pela família Pimentel no Tribunal de Justiça. Segundo a denúncia, Larissa recebia parte do lucro de cartórios. A juíza foi aposentada compulsoriamente em 2011. Vai responder por corrupção passiva.
Frederico Luis
Schaider Pimentel
(advogado)
Filho do desembargador Frederico Pimentel (já falecido), era juiz na época da operação e chegou a ser preso. Como estava no período de estágio probatório, foi demitido do cargo como punição em processo administrativo. Segundo a denúncia, Frederico influenciava no sistema de distribuição de processos do TJES e recebia propina por isso. Ele vai responder por corrupção passiva.