Arte: Geraldo Neto
Os 26 denunciados no âmbito da Operação Naufrágio
MAGISTRADOS
Os 26 denunciados foram divididos em seis grupos de acordo com a função que exerciam quando foram denunciados.
Para conferir cada um, basta clicar nas fotos.
Desembargador Josenider Varejão
(falecido)
Autor de uma das frases mais famosas dita em uma conversa interceptada pela PF durante a investigação “Abaixo de Deus, nós é que botamos para quebrar”, o desembargador Josenider teria negociado venda de decisões judiciais, segundo o MPF. Foi preso e aposentado compulsoriamente pelo TJES em 2010. Denunciado por associação criminosa; corrupção passiva majorada; advocacia administrativa qualificada; corrupção ativa majorada; exploração de prestígio majorada. Faleceu em 2011.
Desembargador
Alinaldo Faria de Souza
É acusado pelo Ministério Público Federal de se deixar influenciar para adiar o julgamento de um processo. Aposentou-se em 2009, um ano após a Operação Naufrágio, antecipando a própria aposentadoria. Denunciado por corrupção passiva privilegiada e prevaricação.
Desembargador
Frederico Guilherme
Pimentel
(falecido)
Era o presidente do Tribunal de Justiça à época da operação e chegou a ser preso. Segundo o MPF, o magistrado conduzia um esquema de corrupção no TJES com membros do núcleo familiar por meio de negociação de sentenças, influência em concursos públicos e controle e faturamento de cartórios. Pimentel foi aposentado compulsoriamente em 2010. É denunciado por oito crimes que incluem peculato e exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Faleceu em 2020.
Juiz Frederico Luis Schaider Pimentel
Filho do desembargador Frederico Pimentel, atuava como juiz na época da operação e chegou a ser preso. Como estava no período de estágio probatório, ele foi demitido do cargo de juiz como resultado de um processo administrativo. Segundo o MPF, Frederico influenciava no sistema de distribuição de processos do TJES e recebia vantagens indevidas por isso. Frederico foi denunciado por quatro crimes que incluem corrupção passiva majorada e exploração de prestígio.
Juiz Cristóvão
de Souza Pimenta
(falecido)
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, ele teria sido influenciado pelo desembargador Josenider em um processo para impedir o afastamento do vereador Anderson Varejão do cargo. O parlamentar e o desembargador eram primos. O juiz foi absolvido em um processo na esfera administrativa. Foi denunciado por corrupção passiva majorada. Faleceu em 2019.
Desembargador
Elpídio José Duque
(falecido)
Durante a Operação Naufrágio, a Polícia Federal encontrou R$ 500 mil em espécie na casa dele. Elpídio é apontado pelo MPF como responsável por proferir decisões judiciais em troca de vantagem indevida. O desembargador se aposentou em 2009, quando completou 70 anos, e não chegou a sofrer punições administrativas do Judiciário. Denunciado por associação criminosa; corrupção passiva majorada e corrupção passiva privilegiada. Faleceu em 2018.
Desembargador
Josenider Varejão
(falecido)
Autor de uma das frases mais famosas dita em uma conversa interceptada pela PF durante a investigação “Abaixo de Deus, nós é que botamos para quebrar”, o desembargador Josenider teria negociado venda de decisões judiciais, segundo o MPF. Foi preso e aposentado compulsoriamente pelo TJES em 2010. Denunciado por associação criminosa; corrupção passiva majorada; advocacia administrativa qualificada; corrupção ativa majorada; exploração de prestígio majorada. Faleceu em 2011.
Juiz Robson Albanez
(hoje desembargador)
Era juiz em 2008 quando a Operação Naufrágio foi deflagrada. Segundo o MPF, Albanez teria decidido em favor de um cliente do advogado Gilson Mansur Filho (também denunciado) em uma ação em troca da influência do advogado no processo de escolha de desembargadores para o TJES. Albanez foi absolvido dos processos administrativos que respondeu na Corte e promovido a desembargador em 2014 pelo critério de antiguidade. Ele é denunciado por corrupção passiva majorada.
Juíza Larissa Pignaton Sarcinelli Pimentel
Esposa do ex-juiz Frederico, é acusada pelo MPF de integrar o esquema de corrupção que teria sido conduzido pela família Pimentel no Tribunal de Justiça. Segundo o MPF, Larissa recebia vantagens indevidas de cartórios. A juíza foi aposentada compulsoriamente em 2011. Ela foi denunciada por associação criminosa (prescrito); corrupção passiva majorada.