Arte: Geraldo Neto
A colônia de Itanhenga ocupa uma área
de 1.200 hectares, às margens da BR 101,
em Cariacica. No terreno foram construídas
65 edificações, entre elas igreja, hospital,
delegacia, cemitério e campo de futebol.
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COLÔNIA DE ITANHENGA
CADEIA
Construída para manter presos os internos que cometiam algum delito ou infringiam regras na colônia. Aqueles que eram recapturados após fugas ficavam em uma cela no local. Ao todo, 118 fugas foram registradas durante o período de internação compulsória, segundo documentos do Hospital Pedro Fontes. O delegado era escolhido entre os pacientes.
CAMPO DE FUTEBOL
Construído já no fim do período de internação compulsória para integrar pacientes com a sociedade. Sediou jogos de futebol entre internos, funcionários e pessoas de fora da colônia.
CAPELA
Local onde eram celebradas as missas na colônia. A construção foi feita com um púlpito que separava o padre dos fiéis doentes. As missas eram, em sua maioria, celebradas pelo Padre Matias, que morou na colônia por mais de 20 anos.
CEMITÉRIO
Construído para enterrar os pacientes que morriam no local. Lá também está o túmulo do Padre Matias, que morreu dentro da colônia em 1979.
HOSPITAL POLICLÍNICA
Local onde as consultas eram feitas. Contava com uma estrutura que incluía serviço de odontologia, otorrinolaringologia, laboratório e sala de operações.
REFEITÓRIO
Local onde os pacientes realizavam todas as refeições. Funciona até hoje para atender internos remanescentes e pessoas que trabalham no local.
PAVILHÃO MASCULINO
Cinco pavilhões foram construídos do lado direito da avenida central da colônia para abrigar pacientes homens. Cada pavilhão tinha um banheiro compartilhado e nove quartos com duas camas, dois armários e uma mesa de cabeceira.
MARCO DE INAUGURAÇÃO DO HOSPITAL
Fica no centro da colônia, entre os pavilhões masculinos e femininos. A estrutura foi instalada em 1937, como marco de inauguração da obra.
PAVILHÃO FEMININO
Cinco pavilhões foram construídos do lado direito da avenida central da colônia para abrigar pacientes mulheres. Cada pavilhão tinha um banheiro compartilhado e nove quartos com duas camas, dois armários e uma mesa de cabeceira.
ESCOLA
Atendia crianças que eram diagnosticadas com hanseníase e moravam com os pais dentro da colônia. Jovens que eram internados no local sem os familiares também podiam frequentar o local.
CASA DE FESTAS
Era nesse local, chamado pelos internos de "Caixa", onde aconteciam eventos como festa junina, comemorações de Natal, Páscoa e carnaval. Era lá também onde tinham os forrós, que agitavam as noites dos pacientes.
RESIDÊNCIA DOS CASADOS
Oito casas geminadas foram construídas para abrigar pacientes casados e com família.
CASA DE VIGILÂNCIA
Local onde os vigilantes ficavam. É a última construção antes do portão que marcava o fim da zona limpa, onde moravam médicos e funcionários do hospital, e o início da zona neutra.
PORTÃO DE ENTRADA
Era onde os pacientes encontravam com as pessoas que vinham visitá-los. Antes, existia um vidro, depois passou a ser uma cerca de arame. Hoje, o portão não existe mais.